Ideias-chave
Saneamento ambiental; governança corporativa; fatores socioambientais; financiamento. investimento.
Resumo
O setor de saneamento no Brasil experimenta um déficit de investimento crônico que impacta diretamente os índices de prestação de serviços à população. A busca por soluções tem estado na pauta de governantes, do mercado de saneamento e da sociedade civil. Este estudo tem o objetivo de avaliar como a governança corporativa no seu sentido mais amplo, pode contribuir para a eficiência das empresas do setor de saneamento no Brasil. Nas últimas duas décadas, os debates sobre questões ambientais, sociais e de governança corporativa (ASG) tem ganhado projeção e entrou para a agenda de investidores e credores, que veem a boa gestão desses fatores como fundamental para a gerenciamento de riscos das empresas e, tem criado políticas, padrões e modelos ASG para avaliar e precificar ativos e recursos para financiamento de investimentos. Este estudo avalia a governança corporativa de 43 empresas do setor, com receita operacional bruta acima de R$ 90 milhões, com base nos requisitos da Lei Federal 13.303/16, e apresenta uma ponderação em relação às expectativas do mercado de capitais e de crédito sobre o atendimento de padrões ASG. O novo cenário parece indicar que para acessar recursos com volume e condições de preço e prazo condizentes com a necessidade do setor, além de ter capacidade de pagamento, as empresas brasileiras de saneamento terão que demonstrar que o seu compromisso com questões ASG vai além do discurso, mas alcança seus processos de gestão e pode ser conferido nos seus indicadores de desempenho.
Inovações ou Tendências
A pesquisa realizada pela autora busca identificar pontos de melhoria em governança corporativa das empresas do setor de saneamento, de modo a contribuir positivamente com a percepção dos investidores e credores sobre o valor das companhias e o acesso ao crédito por parte das empresas do setor.